
Os piedosos pais cuidadosamente trataram de dispensar a seu filho uma primorosa educação. O menino, revelando talento e inclinação para as letras, começou os estudos sob a direção de um piedoso sacerdote. Mais tarde, já moço, sob as vistas do Arcebispo de Braga, se entregou ao estudo da teologia, e do mesmo Prelado recebeu as ordens sacerdotais. Seu primeiro campo de ação sacerdotal veio a ser S. Paio de Riba de Vizela, paróquia que foi confiada aos seus cuidados. Humilde e zeloso, rapidamente foi conhecido como modelo de sacerdote, parco e rigoroso para consigo próprio, liberal e cheio de caridade para com os pobres e necessitados.
Muitíssimo devoto à Sagrada Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, surgiu-lhe na alma vivíssimo desejo de visitar os santos lugares da Palestina e os Santuários da cidade de Roma. Para que os seus paroquianos durante a sua ausência não viessem a sofrer espiritualmente por falta de assistência religiosa, preparou e encaminhou ao sacerdócio um sobrinho seu, ao qual, com muitas recomendações confiou a administração da paróquia, pelo tempo que se acharia em viagem de peregrinação. O sobrinho, da sua parte, prometeu sob juramento cumprir fielmente com os deveres de cura d’almas. Partiu o nosso Santo consolado, confiante na palavra do seu substituto. Visitou Roma e Jerusalém, demorando-se cerca de quatorze anos nesta jornada de penitência e amor a Nosso Senhor.
De volta à sua terra e à paróquia, teve o grande desgosto de encontrar na pessoa de seu sobrinho, um sacerdote esquecido dos seus deveres, homem vivendo em luxo, desprezando os pobres e necessitados, dando mau emprego às esmolas que recebia.
Como era seu dever, Gonçalo o censurou severamente; e lembrou-o das solenes promessas feitas ao assumir a administração da paróquia, havia quatorze anos atrás. O sobrinho, muito em vez de aceitar a mais que justa incriminação, longe de se humilhar, enfureceu-se contra seu santo tio: chegou a cobri-lo de insultos e levou a sua fúria a ponto de fisicamente o maltratar. O santo homem, agradecendo a Deus por tantas injúrias recebidas, sem levantar queixas ao Arcebispo, resolveu abraçar a vida solitária, de ermitão. Retirou-se para Amarante, lugar ermo, onde construiu para si um pobre oratório, não deixando, entretanto, de exercer as funções sacerdotais entre a população da redondeza.
Fonte: http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/jan/goncalo2801.htm
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