
E certa ocasião faltaram vinho e água, deficiência esta que seriamente vinha a comprometer a continuação das obras. O servo de Deus nesta sua aflição subiu ao monte situado junto do oratório, prostrou-se por terra e pediu a Deus o socorresse naquela necessidade. Acabada a oração, com o bordão tocou o rochedo, invocou o nome de Jesus e imediatamente saiu vinho e abundância. Uma pedrinha que punha no orifício da fonte vinhateira, fazia às vezes de uma torneira, a abrir e fechar. Uma segunda pancada deu na parte contrária do penedo, invocando outra vez o nome de Jesus, e saiu água tão clara, mais clara que a do rio.
O milagre dos peixes se repetiu muitas vezes. As obras da ponte foram levadas ao fim. A fonte do vinho secou, não porém a da água; que está aberta até ao presente, e, bebendo dela, muitos enfermos recebem a saúde.
Outro fato que os biógrafos de São Gonçalo relatam, e que muito impressionou os que o presenciaram, foi, de com uma sentença condenatória ter mudado pães alvos em massas pretas, e estas, com aspersão de água benta, feito retomar sua forma primitiva de pães, milagre este com que em grande sermão público fez emudecer a linguagem blasfemadora de mofador da divina justiça.
São Gonçalo morreu em 10 de janeiro, de ano incerto, presumindo-se que fosse em 1259, no seu humilde leito de palha de eremitério, confortado pelo seu companheiro de hábito e em meio de visões celestes.
Com muitos milagres Deus glorificou o túmulo do seu fiel servo, sendo ele até hoje muito venerado pelo povo católico. No lugar onde foi sepultado, mais tarde se fez erguer um mosteiro dominicano. O Papa Júlio III em 16 de setembro de 1561 aprovou o culto do bem-aventurado para todo o Portugal. Os Papas Urbano VIII (em 1629), Clemente X (1672) confirmaram a aprovação para toda a Ordem de São Domingos. Clemente XI marcou-lhe a festa para 28 de janeiro.
Fonte: http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/jan/goncalo2801.htm
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